O Museu Ozildo Albano é uma instituição particular criada pelo professor e historiador Ozildo Albano, que disponibilizou o acervo e a biblioteca à população picoense. A instituição é cadastrada no Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM e desenvolve parcerias com a Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, universidades regionais e escolas públicas e privadas. Através de Decreto Lei Municipal, o Museu foi reconhecido como de utilidade pública, em 1986.

Em 1999, a Fundação Estadual Cultural e do Desporto do Piauí - FUNDEC, hoje Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, celebrou importante parceria, através de Contrato de Comodato, possibilitando a transferência do acervo do Museu para o prédio do Grupo Escolar Coelho Rodrigues, reformado para abrigar o importante acervo e adaptado para receber a comunidade picoense, pesquisadores e demais visitantes. A reforma foi realizada em seu conjunto pela FUNDEC. O prédio é composto de cinco (05) salas.

Diante do grande acervo que compõe o Museu Ozildo Albano, identificou-se a necessidade de ampliação do prédio que o abriga, visando o acesso da população picoense ao acervo em sua totalidade, atualmente acondicionado na Reserva Técnica do mesmo.

Em 2006, a então Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC), atualmente Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, através da Coordenação de Registro e Conservação (CRC), elaborou um projeto que preserva, em sua totalidade, o prédio do Grupo Escolar Coelho Rodrigues e cria um anexo com cinco (05) salas e um (01) auditório. O citado anexo se dará por um espaço que permitia o acesso dos alunos e professores à parte detrás (que pertence ao prédio), onde praticavam atividades esportivas e de lazer. A Coordenação de Registro e Conservação (CRC) da Secretaria de Estado da Cultura é responsável por todos os projetos, obras, reformas e ampliações dos prédios históricos que compõem o Patrimônio Material e Arquitetônico do Estado. O Projeto de Ampliação do Museu Ozildo Albano foi apresentado para toda a sociedade picoense em evento aberto. O valor do Projeto estava orçado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Considerando que a família não dispunha desse recurso e não conseguiu captação de recursos particulares, como também o Estado não dispunha desse valor, o referido projeto foi guardado para tempos vindouros. Em 2021, o projeto está avaliado em R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).

Foi criada em 17 de agosto de 2007 a Associação dos Amigos do Museu Ozildo Albano (AAMOA), associação civil, sem fins lucrativos, que tem como principais finalidades: promover o aprimoramento e o desenvolvimento das atividades do Museu Ozildo Albano; contribuir para estender a sua ação junto à população, cabendo em especial: adquirir acervo de acordo com a política de aquisição e organização do Museu Ozildo Albano; incentivar e apoiar a realização de atividades educativas e culturais; elaborar projetos especiais que atendam às necessidades do Museu Ozildo Albano; captar recursos financeiros, materiais e técnicos para a realização das atividades do Museu Ozildo Albano e dos objetivos da AAMOA.

Em 2010, o Museu foi escolhido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para salvaguardar acervo arqueológico. Entre 2011 e 2014, a instituição passou por melhorias significativas no espaço físico, adquiriu equipamentos e mobiliários, recebeu oficinas de capacitação, reformulou o programa expositivo, reforçou sua identidade visual e implantou um laboratório de conservação. A restauração foi possível devido ao projeto de transferência, guarda e curadoria museológica de acevo arqueológico. Este acervo foi salvaguardado por pesquisas realizadas para a implantação de linhas de transmissão de energia elétrica, de responsabilidade das empresas Iracema Transmissora de Energia S.A e Interligação Elétrica Norte e Nordeste S.A- IENE, que custearam o Projeto. Todo o processo teve orientação e o acompanhamento da Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC), atualmente Secretaria de Estado de Cultura do Piauí , através da Coordenação de Registro e Conservação (CRC) e do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para o cumprimento da portaria IPHAN 230/2002.

Em 2017, o Museu foi novamente escolhido pelo IPHAN para salvaguardar bens arqueológicos coletados no âmbito da pesquisa do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico na Área de Influência das Linhas de Transmissão 500 KV SE São Gonçalo do Gurguéia x SE Gilbués II – Projeto de Salvamento / IPHAN. Em setembro de 2018, o Museu Ozildo Albano recebeu por essa parceria a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais). A instituição, em concordância com a AAMOA, decidiu aplicar o referido recurso para que possibilitasse a ampliação do prédio que o abriga, visto que o recurso recebido era inferior ao projeto. De 2018 a 2021, o recurso aplicado foi corrigido e o saldo atualizado é de R$ 163.000,00 (cento e sessenta e três mil reais).

Em 2018, a Secretaria de Estado da Cultura enviou um Ofício (nº 617/18-GAB de 28/12/2018), solicitando à Prefeitura Municipal de Picos providências no sentido de demarcar o espaço no entorno pertencente ao prédio que abriga o Museu Ozildo Albano, em virtude da possibilidade da ampliação do referido prédio. A solicitação não foi atendida.

Em 2019, o Museu soube, através de informação não oficial, da construção de uma pracinha com parque infantil no referido terreno pertencente ao prédio do Grupo Escolar Coelho Rodrigues. De imediato, a Diretoria do Museu Ozildo Albano, juntamente com membros da Associação dos Amigos do Museu Ozildo Albano, procuraram, por 02(duas) vezes, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, responsável pela referida obra, para reunião. Nesses dois encontros, foram mostrados o Ofício encaminhado, a planta da ampliação (conhecida pela comunidade picoense e divulgada pelos meios de comunicação local) e a necessidade da Prefeitura respeitar o espaço pertencente ao prédio do Grupo Escolar Coelho Rodrigues. A posição do Museu e da AAMOA foi de que a cidade de Picos possui muitos espaços necessitados de organização de praças e parques, podendo o projeto da Prefeitura ser alterado, sem prejudicar o referido espaço, visto que o projeto de ampliação também beneficiará toda a comunidade picoense. A solicitação foi ignorada e, sem ao menos ser comunicado, o Museu foi surpreendido por máquinas utilizadas em construção sobre o calçadão da praça. Apesar de todos os apelos, a Prefeitura executou o seu projeto.

Em dezembro de 2020, a Associação dos Amigos do Museu Ozildo Albano foi contemplada com o Prêmio Afrânio Castelo Branco, proveniente da Lei Aldir Blanc. O Prêmio foi de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) com um projeto que proporcionará atividades culturais gratuitas e realizadas de forma Online (atendendo aos Decretos Federal, Estadual e Municipal de combate à Covid-19) e composto de alunos de escolas públicas, professores e instituições diversas. As ações serão realizadas nos anos 2021/2022 e consistirão de 12 (doze) atividades de formação artístico-cultural através da realização de oficinas nas diversas áreas culturais. Os oficineiros (prioritariamente picoenses) serão convidados pela instituição proponente deste projeto. Haverá intercâmbio entre o Curso de História da Universidade Federal do Piauí (docentes e graduandos), mantenedores e curadores do Museu através de bolsas de incentivo aos estudantes universitários monitores, que serão integrados às Oficina Culturais contempladas no projeto, nas etapas de preparação, divulgação e apoio. Ocorrerá também capacitação técnica com o objetivo de apresentar os instrumentos indispensáveis na construção das estratégias de comunicação eficientes, partindo de conceitos básicos para elaboração de um plano de comunicação, uso das principais mídias digitais e criação de uma plataforma digital. A atividade terá como público alvo os bolsistas envolvidos na parceria com a instituição museal e os funcionários do Museu. A ampliação do espaço que abriga o acervo do Museu Ozildo Albano será realizada, proporcionando melhorias na parte física, técnica e estrutural, o que garantirá a salvaguarda do diversificado acervo museal. A expansão do prédio do Museu possibilitará também a proteção do patrimônio cultural material ali guardado, assim como a organização e alargamento das ações e atividades educativas. Além disso, possibilitará a conservação do acervo por meio da educação patrimonial, permitindo reforçar a indissociabilidade entre os bens culturais e a comunidade através da plena funcionalidade do referido museu no período pós-pandêmico. Do valor do Prêmio Afrânio Castelo Branco, será utilizado para a ampliação R$ 130.000,00 (centro e trinta mil).

Os projetos desenvolvidos pelo Museu Ozildo Albano, desde a sua criação aos dias atuais, prezam pela transparência, visando permitir o acesso ao maior número de pessoas possíveis, além de possibilitar a educação pela arte e a democratização do seu acesso. Todas as decisões e ações realizadas pelo Museu Ozildo Albano acontecem de forma democrática e participativa, em comum acordo entre a Diretoria do Museu, a Associação dos Amigos do Museu Ozildo Albano (AAMOA) e a Secretaria de Estado da Cultura, buscando contribuir no fazer e viver cultural do município de Picos, complexo em sua diversidade. Salientamos que o prédio do Grupo Escolar Coelho Rodrigues, cedido para abrigar o Museu Ozildo Albano, foi construído em 1932 com recursos do Governo do Estado, mas o mesmo pertence ao Patrimônio Material do Município de Picos. Ressaltamos também que toda melhoria realizada no referido prédio e no seu entorno, será acrescida ao Patrimônio do Município, portanto NÃO beneficiará a Família Albano (responsável pela salvaguarda do acervo que compõe o Museu) como também não será patrimônio particular do Museu Ozildo Albano. Os recursos disponíveis para a ampliação do Museu são provenientes dos prêmios recebidos como explicitados anteriormente nesse informativo, totalizando R$ 293.000,00 (duzentos e noventa e três mil reais). O valor total da obra atualizada é de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).